segunda-feira, 16 de setembro de 2013

Texto da Semana - E se eu não tivesse você!

     Oi Mademoiselles, mais uma segunda e mais um texto da semana para vocês. E o texto é do site Casal Sem Vergonha, espero que vocês gostem!

Encaremos os Fatos – O Amor da Sua Vida É Totalmente Substituível


     Talvez a culpa seja dos contos de fadas. Ou dos filmes de Hollywood. Ou ainda de Romeu e Julieta ou de Tristão e Isolda*. O fato é que o amor romântico povoa nossos desejos desde o século XII. E não é fácil se desassociar de uma cultura tão antiga, por isso muita gente ainda se sente ofendida quando deixamos de lado a água com açúcar dos ideais românticos e colocamos os pés de volta na realidade.
     A fusão proposta pelos ideais do amor romântico é extremamente sedutora pra muita gente. Queremos acreditar que o outro nos completa. Queremos acreditar no amor eterno. Insistimos em falar da metade da laranja. Queremos crer que nenhuma conchinha será mais satisfatória do que aquela feita com o amado. Alimentamos a fantasia de que jamais alguém iria te amar tanto quanto o seu namorado. Mas, sejamos honestos. O quanto disso é real?
     Entorpecidos pela satisfação de encontrar um amor, fingimos não ver o quão absurdas essas idealizações são. Ok, o abraço do seu noivo pode ser extremamente aconchegante mas, se por algum motivo, ele não estivesse lá, será mesmo que nenhum outro abraço no mundo seria tão bom? Pouco provável. Você diz pra sua mulher que transar com ela é incomparável, mas se fizesse o teste com mais um grupo de mulheres, certamente encontraria outra no mesmo nível – não igual, mas com outras habilidades e gostosuras. Você diz que ninguém mais no mundo te entenderia como o seu amado mas, já fez o teste? Às vezes o vizinho do 91 poderia ser tão ou mais compreensivo do que seu namorado. E poderia ainda vir com o bônus de saber cozinhar. Você diz pra que que quer ficar junto pra sempre, mas tem noção real do que isso significa? Quantas vezes você achou que seu mundo iria acabar depois de um término de relacionamento mas, quem diria, olha você aí inteira de novo?
     O fato é que, pouco a pouco, essa mentalidade tem perdido espaço na sociedade atual. Por mais que os românticos insistam em não desmanchar o sonho, ele irá se dissolver cedo ou tarde. É como quando você era criança e acreditava em Papai Noel – tudo parecia incrivelmente mágico até que, num puxão de barba, você descobriu que o bom velhinho na verdade era seu tio Augusto. Seria bom prolongar a fantasia? Com certeza. Mas ela cedo ou tarde se desfaz. E temos observado essa mudança nos dias de hoje. Cada dia fica mais difícil conciliar o amor por si próprio e o amor pelo outro. Adaptar a nossa realidade à dos nossos parceiros fica cada dia mais difícil já que uma das maiores buscas atuais é pela liberdade. A ideia de ser dependente do outro, de que sua vida perderá o sentido se ele se for, parece cada dia mais fantasiosa. O amor romântico começa a sair de cena, levando consigo a ideia de que para ser um inteiro, é preciso encontrar a sua outra metade em alguma esquina do mundo.
     Tem uma música do cantor Tim Minchin que trata desse assunto de uma forma surpreendentemente divertida e realista. A música começa como uma canção romântica normal mas, aos poucos, vai se revelando uma letra muito mais autêntica. Vale muito a pena assistir. O vídeo tem legenda em português – para ativá-las, basta apertar o botão CC ou Captions, o segundo botão no canto inferior direito.


    *Primeira história na literatura a lidar com o amor romântico e, considerada por muitos, como a maior história de amor do mundo.

Os autores são:

     E ai, o que acharam do texto, concordam? Gostei bastante dessa ideia, pois o ser humano é capaz de se adaptar a tudo, a mudanças de temperaturas, moradia e de tudo mais, e no amor também é assim, ele substitui, adapta e segue a vida, por mais difícil que seja.



Beijos, Mademoiselle Carol

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